1. Intercompreensão na sala de Aula e Materiais Didáticos
Ana Rita Carrilho - Professora Auxiliar do Departamento de Letras da UBI
2. ChemSketch: Uma Ferramenta Didática para Ensino da Química
Renato Boto - Professor Associado no Departamento de Química da UBI
3. Quadros Interativos e Práticas Pedagógicas
Rogério Serôdio - Professor Auxiliar do Departamento de Matemática da UBI
4. Estratégias girl-friendly no ensino da Física: o caminho para a inclusão
Ana Maia Fernandes - Professora no Agrupamento de Escolas Ibn Mucana
5. A magia da ciência-oficina de ciência mágica
Filipe Monteiro & Maria José Alves - Divulgadores de Ciência
6. Atividades laboratoriais de Física com recurso ao ARDUINO
Albino Pinto - Professor no Agrupamento de Escolas da Lixa, Felgueiras
Carlos Saraiva - Professor no Agrupamento de Escolas de Trancoso
Nota: O número de inscrições nas sessões interativas é limitado.
Sessões Interativas
Poderão participar em 3 sessões interativas.
Resumos das Sessões Interativas
1. Intercompreensão na sala de Aula e Materiais Didáticos
Ana Rita Carrilho
Intercompreensão refere-se ao processo de compreensão recíproca entre falantes de línguas diferentes, só possível quando os interlocutores desenvolvem, de forma ativa e consciente, estratégias de comunicação baseadas na proximidade das línguas em contacto.
Ainda que a abordagem pela Intercompreensão seja comummente associada à didática de línguas, esta é, na verdade, uma proposta abrangente, transversal ao currículo escolar, pelo que se pretende sensibilizar os participantes para a mais-valia da abordagem pela Intercompreensão e guiá-los na didática de conteúdos e criação de materiais com recurso a estratégias de Intercompreensão.
Palavras-chave: Intercompreensão, Multilinguismo; Materiais didáticos.
2. ChemSketch: Uma Ferramenta Didática para Ensino da Química
Renato Boto
No ensino da Química, nem sempre se torna fácil o trabalho de um Professor em motivar os seus alunos para a aprendizagem dos conteúdos a lecionar. Como tal, a sua transmissão de uma forma mais diversificada e dinâmica pode ser um ponto chave na aceitação dos mesmos. Assim, a utilidade dos softwares computacionais como ferramenta de apoio e recurso didático auxiliar ao ensino da Química será o foco principal desta sessão. Será explorado essencialmente o software freeware ACD/ChemSketch®, um programa que permite não só o desenho de estruturas químicas, sua nomenclatura e cálculo de propriedades, como também o estudo dos elementos da tabela periódica, do material de laboratório ou das diversas montagens laboratoriais. Serão ainda apresentados outros software comerciais e respetivas potencialidades no desenvolvimento de fármacos como exemplo.
Palavras-chave: ACD/ChemSketch, ensino da química
Material: Os formandos devem trazer um computador com o programa ChemSketch instalado
https://www.acdlabs.com/resources/free-chemistry-software-apps/chemsketch-freeware/#chemsketch_modal
3. Quadros Interativos e Práticas Pedagógicas
Rogério Serôdio
Comunicar e motivar é um fator importante no meio escolar. O aparecimento há alguns anos dos quadros interativos (QI) contribuiu para diversificar os recursos pedagógicos, melhorando a comunicação e ajudando a aumentar a motivação na sala de aula.
Nesta oficina vamos explorar as funcionalidades dos QIs e algumas aplicações disponíveis no sentido de aumentar os recursos pedagógicos. O objetivo é capacitar os docentes na utilização dos QIs, fazendo uso dos mais diversos recursos disponíveis nos QIs.
Palavras-chave: Escola, Novas tecnologias, Quadro Interativo
4. Estratégias girl-friendly no ensino da Física: o caminho para a inclusão
Ana Maia Fernandes
A Agenda 2030 da ONU traçou uma meta para a igualdade e empoderamento das mulheres, tanto ao nível da Educação (ODS 4) como ao nível social e profissional (ODS 5). Em 2017 apenas 28,8% dos trabalhadores de todo o mundo em Ciência e Tecnologia eram mulheres, levando esta desigualdade a soar os alarmes de especialistas na área da Educação. É muitas vezes referido que a causa para este gender gap, que é especialmente mais persistente em áreas como a Física ou a Computação, resulta da combinação de um leque alargado de fatores, que vai mais além da dinâmica da sala de aula, já que aspetos históricos e socioculturais interferem no modo como as raparigas se sentem menos identificadas com a área das Ciências e Tecnologias. Estudos sobre as questões de género, e o modo como estas condicionam a aprendizagem, apontam, porém, para que as dinâmicas específicas adotadas em sala de aula favoreçam os resultados académicos dos rapazes. No caso particular da Física, estas dinâmicas, estão identificadas na literatura como tendo quatro grandes causas: o papel da linguagem utilizada em Física, o papel dos professores, as intervenções curriculares e o processo de avaliação. Estas estratégias ditas girl-friendly serão explorados neste workshop, que inclui atividades práticas e discussão em grupo, permitindo a troca de experiências e ideias entre os participantes. Pretende-se, assim, abrir caminho para uma escola mais inclusiva, que promova uma sociedade mais equilibrada, interessa que os professores reflitam acerca das suas práticas letivas, de modo a minimizar o gender gap que ainda persiste até aos dias de hoje.
5. A Magia da Ciência – Oficinas de Ciência Mágica
Filipe Monteiro e Maria José Alves
A magia é uma arte que exerce enorme atrativo à maioria das pessoas pelo carácter do imaginário, pela aparente inexplicabilidade, pela surpresa do não previsto. A realidade é, ela própria, mágica, e quando os fenómenos são assim apresentados, transformam-se numa fonte inesgotável de fascínio e de descoberta, uma pincelada de imaginação no quadro da realidade. A sua utilização na demonstração de fenómenos da Natureza como veículo de promoção e divulgação da ciência – e de despertar a curiosidade e incentivar o interesse dos alunos e do cidadão em geral – mereceu-nos uma atenção muito especial.
Uma das formas de o fazer é através de shows ou de workshops, baseados em experiências, desafios e truques de magia, que proporcionam momentos de descontraída aprendizagem (não formal) e que podem ser um complemento importante para o ensino formal. Surgiu assim a ideia “FMJ Mentes Mágicas”, que procura promover a Cultura Científica & Tecnológica a partir de um conceito de interação com o público de ciência, cruzando o ensino prático e experimental das ciências com o seu ensino não formal recorrendo à arte do ilusionismo: o STEAM, na sua genuína aceção.
Com este objetivo em mente, planeámos estas Oficinas de Ciência Mágica com a apresentação de um conjunto de ideias que, fundamentando-se em princípios científicos, nos levam pelo encantamento do imaginário. Nelas, reunimos uma variada seleção de efeitos que recorrem a várias áreas do conhecimento, passando pelas Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, acrescentando-lhes a Arte do Ilusionismo, numa ação STEAM genuinamente multidisciplinar.
Palavras-chave: Oficinas, Ensino, Ciência, Magia.
6. Atividades laboratoriais de Física com recurso ao ARDUINO
Albino Pinto e Carlos Saraiva
Dada a natureza experimental da Física e da Química, as atividades de carácter prático e laboratorial mereceram uma referência especial nos atuais Conteúdos Programáticos da Física e Química e, por inerência, nas respetivas Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais. Por seu lado, as tecnologias trazem novas possibilidades no desenho e operacionalização de atividades práticas, facilitando os processos de investigação com recurso a variadas ferramentas.
Nesta oficina, será utilizada a plataforma ARDUINO, para a construção de atividades experimentais de Física e de Química. O foco é desenvolver diferentes estratégias e abordagens ao trabalho laboratorial/experimental em consonância com o currículo das respetivas disciplinas, combinando diferentes materiais físicos, de forma sustentável, com ferramentas digitais de aquisição de dados, promovendo sempre a experimentação, a análise e discussão dos resultados obtidos. São diversas as atividades laboratoriais que podem ser realizadas com recurso ao ARDUINO, dispensando material de laboratório muito dispendioso. De entre as várias atividades, destacam-se as seguintes: determinação da velocidade de propagação do som no ar; movimento vertical de queda e de ressalto de uma bola; determinação da aceleração gravítica; contador de gotas usado na determinação do volume e número de moléculas de uma gota de água; descarga de um condensador num circuito RC, entre outras.
Consideramos que esta oficina poderá contribuir para a inclusão das tecnologias digitais no processo de ensino e de aprendizagem, promovendo a inovação educativa e pedagógica.